Para desgosto da minha mãe não sou uma cristã daquelas que vai à missa todos os domingos, que todos os anos tem uma viagem marcada ao santuário de Fátima. Respeito quem o faz mas.... eu não tenho muita vocação para isso. Embora tenha seguido a educação cristã questiono muitas coisas que esta igreja defende. Tenho os meus momentos de reflexão, mas mais do que embarcar em manifestação de fé, a minha fé revela-se nas acções. Faz-me mais sentido praticar o bem do que proclamar algo que depois não faço. É a minha forma de entender a religião. Há quem diga que isso não é religião. É uma opinião tão válida como outra qualquer.
No entanto, sempre senti muita curiosidade sobre o místico, sobre as outras religiões e crenças, o sentido da vida (malditos anos de filosofia que não me deram esta resposta eheheh) etc, etc. Atrai-me e é um tema de conversa que não me deixa alheia. Aliás, sempre que me encontro num grupo de pessoas com perspectivas diferentes da minha, gosto de falar sobre o assunto. Coloco as minhas questões e respeito as respostas. Posso por vezes duvidar do que me dizem mas é tão natural como as outras pessoas questionarem aquilo em que eu acredito. Viva a liberdade de escolha que foi para isso que os nossos pais e avós lutaram.
E tudo isto porquê? Porque aqui há dias tive uma conversa interessante com uma praticante de reiki que me falou sobre a possibilidade de a nossa alma viver diferentes vidas, em diferentes períodos de tempo (já li sobre isto do ponto de vista clínico do Dr. Brian Weiss no livro Muitas Vidas, Muitos Mestres ). Sinceramente, não percebi se é uma visão defendida por todos os praticantes de reiki ou se era uma opinião pessoal da pessoa em questão. Resumidamente, após a morte física do corpo a nossa alma reencarnará tantas vezes quantas as necessárias para cumprir uma missão/problema que terá para resolver na vida terrena. Assim se acredita que possamos ter vidas diferentes em vários períodos da História. É um raciocínio que depois se torna mais complexo e não vale a pena agora estar aqui a escrever sobre isso (se tiverem curiosidade leiam o livro acima citado). Entre conversas cruzadas, questionaram-me sobre uma pessoa que já fez parte da minha vida.
"Não sei, não faço ideia nem quero saber de pessoas que me fazem mal."
Qual não é o meu espanto quando a reikiana (?) me diz que não devia falar assim.
"Porque se calhar numa outra vida foste tu que fizeste sofrer essa pessoa. Não sabes o que fizeste nas tuas vidas passadas. Se calhar já foste má para essa pessoa no passado."
Epah eu respeito as opiniões de toda a gente que respeito. Mas não venham cá com esta conversa. Eu vivo o agora. E vivo-o intensamente. A mim interessa-me é o que eu sinto e o que vivo nesta vida. E nesta vida já me fui muito feliz, da mesma forma que já tive momentos menos bons.
Por isso, se já fui uma má noutra vida.... temos pena, muita peninha mas não me venham cá agora dizer que estou a pagar por isso.