Já passou uma semana desde que a ilha da Madeira foi assolada pelas fortes tempestades e a tragédia se instalou. E sinceramente... começa a fartar-me ver os noticiários dedicarem quase a sua totalidade a procurar imagens de destruição, a explorar o sofrer dos madeirenses. Entendo que é preciso informar e que, todos juntos devemos ajudar a levantar a ilha da Madeira novamente.

Tenho amigos na ilha, andei com o coração num aperto desgraçado enquanto não consegui falar com eles/as. Havia sempre a possibilidade de não voltar a falar com alguns amigos madeirenses, mas nunca aceitei essa possibilidade e sei que eles também não aceitariam.

Vivi de perto 4 anos com madeirenses e sei que são pessoas de garra, que não ficam à espera que as coisas caiam do céu. São pessoas que, por muito que a vida lhes tenha trocado os planos, choram o seu luto mas levantam os braços e lutam de novo. Têm orgulho na sua ilha, têm orgulho nas suas gentes. Tenho a sensação de que, se fosse no continente ainda hoje havia um chorrilho de "coitadinhos de nós que ninguém nos acode", mas com as pessoas da Madeira tem sido diferente.

Têm a noção de que sozinhos não conseguem e, muito bem, pediram ajuda. Mas eles próprios começaram rapidamente a trabalhar na reconstrução da ilha sem ficar à espera.

Tenho orgulho de que hajam pessoas assim no nosso país. Tenho orgulho de ter amigos assim.

Cá estaremos para ajudar no que fôr preciso ;)

Há pouco, numa reportagem de rua do telejornal da TVI, sobre a manifestação em Lisboa contra o casamento gay e a pedir o referendo sobre o dito cujo, uma jovem tem esta "brilhante" tirada:

"Isto homens a casar com homens e mulheres a casar com mulheres é que não. Assim, daqui a 10 anos não há Portugal!"

A mim também me parece que ,daqui a 10 anos, Portugal esteja em grave decadência e á beira da extinção. Mas não é por existirem ou não casamentos gay's. Aposto mais que seja pelo regabofe em que anda este (des)governo.

E faz-me assim, sei lá, uma certa comichão, que uma pessoa jovem e em pleno século XXI seja capaz de produzir pérolas destas.

Estranha forma de vida...

... esta que eu levo.

Não sou de apelar à violência

mas a mente que teve a brilhante idéia de assinalar o Dia dos Namorados, essa bela efeméride, com o apelo ao consumismo desmedido de sentimentos [ e desconfio que é a mesma pessoa que criou aqueles ursos ranhosos, com um coração nas mãos onde está, carinhosamente, bordado I love you] devia ser violentamente espancado.

Assim como os criadores de todas as piroseiras que assinalam esta data.

Já que querem comemorar a data [até nisso somos estúpidos que copiamos as idéias dos américas. Com tanta coisa boa que se podia fazer anda tudo com aquele ar enjoado, de rosa vermelha numa mão e urso ranhoso na outra.] ao menos comemorem a data com estilo e sem pirosada.

Quem enfiar um belo par de chapadas aos criadores de tal atentado á calma e sossego.... terá o meu profundo agradecidemento.

O que é que se faz

quando pessoas com quem nós nunca trocámos mais do que um Olá se preocupam connosco?

Nos últimos meses pessoas de quem me afastei faz tempo, aparecem que nem cogumelos preocupadas comigo. Mas tenho escrito na testa jovem adulta com queda para arranjar problemas ?

Mas quem é que espalhou o falso boato de que posso estar a precisar de ajuda??

E depois o ar de espanto que fazem quando perguntam "Tudo bem?" e eu respondo simplesmente "Não!". Tenho a informar que, quando se pergunta a uma pessoa se está tudo bem, há 50% de hipóteses de nos responderem que não. Se não querem ouvir que não está tudo bem, que há dias em que tudo corre mal, que há momentos em que nos apetece fuzilar até a velhinha mais simpática, então...... não perguntem nada!

4-1. Sabe tão bem "desmanchar" o Sporting.

No entanto, constato que após o final do jogo poucos dos meus amigos sportinguistas se mostraram de bom humor... É azia meus amigos, é azia. Qualquer compensan trata isso.

Ps- Só hoje me dei conta desta beleza que enverga a camisola do meu Glorioso. Estou, seriamente, a pensar em dar abrigo ao Javi para descansar do stress em que vive na capital. Javi querido, nem sabes o bem que te fazia uns dias no Alentejo...

Nunca fui daquele tipo de pessoas que fica bem com o mal dos outros. Não desejo mal a ninguém, não guardo rancor, nem desejos de vingança. Nunca fui do tipo de pessoa, capaz de passar horas e horas, a maquinar planos mirabolantes para ter as suas vingançazinhas pessoais. Até porque esse tipo de coisas leva a que nós gastemos tempo demais com pessoas que não merecem qualquer tipo de atenção da nossa parte. Acabamos por nos chatear e irritar connosco próprias, quebramos o nosso bom humor e isso não nos leva a lado nenhum.

Por outro lado, também nunca esqueço quem um dia me possa ter magoado.

Poderei até desculpar. Poderei até perdoar. Mas esquecer? Isso não. Nunca esquecerei.

Sofro por dentro. Deixo que as lágrimas brotem dentro de mim e queimem as escaras que mascaro perante tudo. Mas tudo não passa disso mesmo. Um sofrer calado, mascarado e interior. Assim, ninguém poderá ver as feridas dilacerantes que trago comigo.

Verão o brilho mortiço da máscara que envergo. Não fazem perguntas. Talvez não reparem no grito de ajuda que o meu olhar lança. Talvez reparem, não sei. Também, não sei se quero que ouçam esse pedido de ajuda.

Ou sou muito burra ou há algo dentro de mim que me cega completamente e me faz gostar-te. Seja o que fôr, o tempo clarificará. [é um cliché e tenho sérias dúvidas da sua eficácia, mas o tempo ajudará. (Ou não.)]

Se eu podia não sentir nada? Podia. Mas sinto.

Apetece-me dizer tudo o que me passou pela cabeça em breves instantes e acabar com um grande mito difundido por filmes e livros.Mas fica para outra altura.

As dores agora não me deixam pensar, nem escrever, nem fazer coisa nenhuma.

Umas voltas loucas e o meu corpo está cheio de hematomas e equimoses e um braço imobilizado por tempo indefinido. A minha cabeça tem hematomas maiores do que os Pirinéus e os músculos do Popeye, comparados com os meus bícepes são uma formiga.

[Nota importante: se no hospital vos disserem "não se preocupe que amanhã já não tem dores nenhumas" É MENTIRAAAAA! Os médicos só dizem isso para animar o doente.]