Guardo-o envolto de muito cuidado, muita protecção. Está frágil e pequenino. Está a recuperar de grandes feridas e, por isso, está ainda muito sensível. Mas também é tudo o que agora te posso dar.
Cuida dele com o mesmo cuidado que o venho a fazer há meses. Guarda-o entre as tuas mãos. Segura-o com força, mas também com muita delicadeza. Se o sentires fraquejar tem ainda mais cuidado. Não deixes que pare, que se torne insensível, que não sinta os estímulos que lhe enviam.
Mas cuidado. Não o sufoques, não o magoes. Equipara-o ao mais puro cristal. Forte e resistente mas ao mesmo tempo demasiado frágil, capaz de se estilhaçar se não o cuidares.
Parece-te complicado? Assusta-te a responsabilidade de tal tarefa?
Não te assustes. Não é assim tão difícil como te possa parecer.
E além disso...
...estou cá para te ajudar...
...estou cá para retribuir a tarefa se me deixares.
1 comentário:
É um risco mais que enorme entregar o coração a outra pessoa e depositar nela a confiança para não o magoar, mas é um risco que todos, mais cedo ou mais tarde, acabamos por estar despostos a correr. Porque se tudo correr bem, então tudo terá feito sentido e as recompensas são valiosas. E já se sabe, quem não arrisca...
Eu tenho medo de o confiar, de o entregar, mas quando acho que vale a pena, faço-o com uma facilidade surpreendente. E assustadora.
Boa sorte com a entrega. (=
Um beijinho *
Enviar um comentário