Eu, como tantas outras pessoas, estudei afincadamente durante 12 anos para poder entrar na faculdade. Estudei para cumprir o ensino secundário e passar os exames nacionais com uma boa média, que me permitisse entrar no curso que queria. E, de repente, surgem as novas oportunidades onde basta uns 3 meses para ficar com equivalência ao ensino secundário. Ainda mal nos tínhamos apercebido dessa proliferação de novas oportunidades e zás.... aparecem as candidaturas +23. Uma maravilha para entrar no ensino superior.Não é preciso ter o ensino secundário nem fazer os exames nacionais. Para compôr o ramalhete, surge agora esta estapafúrida idéia. O objectivo é o quê mesmo? Combater o insucesso escolar? É que se um aluno não consegue atingir os objectivos propostos para completar o 8º ano, como é que vai atingir os de 10º ano queimando etapas? A mim cheira-me a esturro e a facilitismo.
Se estivermos a falar de pessoas mais velhas a quem a vida não permitiu que continuassem a estudar, concordo plenamente que possam frequentar as novas oportunidades e vejam reconhecidas as competências que adquiriram ao longo da vida. Mas se estamos a falar de jovens, para mim a conversa muda de figura. Têm mais é que estudar e esforçar-se para atingir os objectivos. Quando estava no 9º ano, tinha colegas de turma com uns bons pares de anos a mais e não foi por serem mais velhos não conseguiram concluir o ano lectivo. Já na faculdade tive colegas com idade para serem meus pais e que concorreram pela mesma via de candidatura que eu. Mais uma vez a idade não foi impedimento. Por estas (e outras) razões não concordo com a política de facilitismo que reina na educação actualmente. Premeia-se a preguiça e o desmazelo em detrimento do estudo e do esforço.
Ide estudar e fazer pela vida amiguinhos. Como se costuma dizer, o saber não ocupa lugar.
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