terça-feira, março 22, 2011

Pertante a crise económica e política que está instalada no nosso país, perante tantos exemplos de instituições públicas que prestam um mau atendimento e outras que tais, fiquei espantada com a simpatia e a disponibilidade com que me trataram hoje.
Na sexta-feira passada precisei passar no hospital. Fui consultada sem grandes atrasados na hora marcada, as senhoras da recepção foram de uma grande simpatia e só por isto já podia ficar espantada. Todos nós sabemos que deveria ser sempre assim e em todo o lado, mas a realidade não é bem assim. Mas voltando ao cerne da questão. Esqueci-me completamente de trazer comigo a justificação de faltas. Vá lá saber-se o porquê, mas não me passou pela cabeça ir levantar esse papelinho que confirmaria á minha entidade patronal que eu não me baldei para ir passear. 
Para não ter de fazer uma quantidade de km's e poder justificar a minha falta, liguei para o hospital (a rezar aos anjinhos todos para que fosse uma sra simpática e compreensiva a atender) e pedi o grandeeee favor de me enviarem por fax a bendita justificação

"A justificação de faltas? Pois sim, diga-me só o nome completo, a especialidade e as horas a que esteve cá. Só um segundo. Vamos já enviar por fax directamente para o seu local de trabalho." 

E assim se faz uma utente feliz.

O meu reino

por um crepe com top chocolate e gelado de morango.

quarta-feira, março 16, 2011

Da poesia ao amor ou como o amor pode ser complicado e existir um homem muito parvo

Hoje tentei explicar aos meus pequenos o que é a poesia. Do que pode falar, de como se podem encontrar poemas com estruturas muitos diferentes. Falámos de António Mota, Matilde Rosa Araújo, D. Dinis, Luís de Camões e muitos outros.Tentámos escrever poemas (e conseguimos, claro. Nem faríamos as coisas por menos eheheh).
De um trabalho de grupo sobre poesia, cheguei a um diálogo sobre o amor com um pequeno ser de 8 anos.

Pequeno Ser. - A poesia dos adultos é quase sempre sobre amor não é?
Me - Muitas vezes sim mas há poesia para adultos sobre muitas outras coisas.
Pequeno Ser - Sim, mas há muitos poemas de amor.
Me - Há.
Pequeno Ser - O amor é gostar muito, sairem corações pela nossa cabeça quando vemos a pessoa que gostamos e estamos sempre a rir não é?
Me - É isso tudo e muitas outras coisas boas.
Pequeno Ser - A Helena gosta muito de um homem e saiem-lhe corações pela cabeça?
Me- Sim.
Pequeno Ser - Mas a Helena ás vezes está triste...
Me - Porque ás vezes podemos amar uma pessoa que não nos ama e ficamos um bocadinho tristes.
Pequeno Ser - Eu quando não gosto do almoço também fico triste.

E com esta rimo-nos os dois e dedicá-mo-nos ao trabalho que tínhamos entre mãos. Passados largos minutos o Pequeno Ser volta á carga e conclui o tema de uma forma contundente e hilariante: Sabe Helena, o amor é muito complicado e o homem que você gosta se não gosta de si é um grande parvo.
Perante tal conclusão não tive argumentos além de um sorriso.