segunda-feira, dezembro 27, 2010

Do Amo-te

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Faz-me uma certa confusão a banalização da palavra Amo-te. Se há uns anos atrás falar de amor e sentimentos era um assunto tabu, hoje em dia assiste-se a uma banalização desenfreada de sentimentos e do Amor. Actualmente, parece que quem nunca disse Amo-te a alguém é um ser estranho, um alienígena, alguém completamente desfasado da sociedade contemporânea. Faz-me alguma confusão a facilidade com que as pessoas dizem Amo-te a amigos/as que conhecem há pouco mais de um par de semana. Isso não pode ser amor. Talvez o ínicio de uma grande amizade,mas daí a "já" amar esse amigo/a? Não consigo conceber essa idéia como verdadeira e sincera.
Se eu não acredito que se possa amar as nossas amigas? Claro que acredito. Acredito nisso de tal maneira que eu própria já o disse a algumas amigas/os. Mas porque são amigas/os com quem construí uma forte relação de amizade, de quem sou muito próxima e em quem muito confio. Porque nem sempre amamos a nossa família de sangue mas, felizmente, podemos escolher a família do coração. Aquela que não nos é imposta mas que nós escolhemos amar.
Para mim dizer Amo-te a alguém (seja esse alguém uma amiga, a família, o Tal amor), continua a ser um momento encarado como quase mágico. Não gosto de sentir que Amo-te é por alguém dito em vão, porque está na moda exteriorizar sentimentos e exagerar. Dizer Amo-te devia ser algo especial para as pessoas envolvidas e não algo banal. Hoje em dia em todo o lado vemos adolescentes e jovens mulheres a gritar amo-te umas ás outras(os) e isso mexe-mo com o sistema nervoso. Não há essa necessidade de tornar o amor uma bandeira. Como ainda há dias me disseram, "quando amamos nota-se".
Para mim que quando digo Amo-te é porque amo sem reservas alguém, que faria tudo pela felicidade dessa pessoa, o banalizar da palavra Amo-te é como banalizar o sentimento. E o Amor banalizado... é como ser igual a tudo e a todos... Não há melhor do que sentirmo-nos diferentes e especiais aos olhos de alguém. Não há nada como fazer alguém sentir-se importante e o centro da nossa felicidade. E é isso que devia acontecer quando se diz/ouve Amo-te.
Sim eu sou pela expressão de sentimentos (nunca devemos deixar para amar amanhã o que podemos amar hoje) mas não pela sua banalização.
Como diz uma famosa publicidade, "haverá algo mais verdadeiro que ser pessoa entre a multidão"

sábado, dezembro 25, 2010

Há algumas pessoas que leiem o Retalhos e me conhecem pessoalmente. Tenho, por isso mesmo, a sensação que não posso expressar assim tão livremente a minha posição sobre várias coisas.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Jorge Roque - My Way



E o orgulho que eu tenho no talento deste homem? É tão bom quando pessoas que nós conhecemos se saiem bem ;o)

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Está um frio do caraças, dóiem-me os joelhos como tudo e amanhã ás 8.00h já tenho de estar a trabalhar. (caracinhas pah)

ps- Não tendo nada que ver com o frio... estou feliz, muito feliz =) *

*Quando estamos felizes não o podemos dizer muito alto. Há por aí muitas aves agoirentas.

terça-feira, dezembro 14, 2010

We are the world



Porque a época natalícia se aproxima a passos largos, é sempre bom relembrar que o mundo somos todos nós. E nós devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para o melhorar.

Deixa-me triste

saber que grande parte das crianças com quem trabalho não terão presentes de Natal. Tivesse eu possibilidade para isso e, por uma vez que fosse, fazia com que o Pai Natal realmente visitasse as suas casas. Alguns deles (ok, um ou dois) terão presentes caros, brinquedos a que apenas darão alguma importância no momento de abrir os presentes e talvez no dia seguinte. Mas os outros, infelizmente, mais uma vez terão apenas o presente que será distribuído na festa de Natal da escola.
E em Janeiro, o regresso ás aulas será para eles desgastante e triste. Não por voltarem a acordar cedo, por terem trabalhos e estudos para recuperar. Mas porque serão confrontados com os muitos presentes daqueles poucos colegas que terão mais sorte. Os seus olhos brilharão de entusiasmo ao imaginar-se a ter a oportunidade de brincar com aqueles bonecos, jogos e consolas se um dia os amigos os levarem para a escola.
E como eles, centenas de outras crianças não terão no seu sapatinho de Natal um presente na noite de consoada. E isso deixa-me triste. Gostava que todas as crianças tivessem pelo menos um presente para abrir nessa noite. Gostava que tivessem um abraço e um beijo dos seus pais e que estes lhes desejassem Feliz Natal. Adorava que em Janeiro as minhas crianças tivessem os olhos brilhantes de alegria por se sentirem especialmente amados nesta quadra festiva.
Deixa triste e com um enorme sentimento de impotência não poder proporcionar-lhes um Natal mais feliz. Mas se puder contribuir para os fazer sorrir de felicidade, é isso que farei.  

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Sabemos que fizemos algo de bom

e que o nosso esforço não foi em vão quando, passados vários anos, pessoas desconhecidas nos procuram e elogiam.
Durante algum tempo, aproximadamente dois anos vá, desempenhei um papel num grupo académico que muito prazer me deu. Dava-me um prazer enorme, realizava-me muito e, regra geral, tomava decisões ponderada e convictamente. Confesso que ás vezes me questionava se estava a desempenhar o meu papel da forma mais correcta. Queria fazer um bom trabalho, procurar o melhor caminho a seguir para aquele grupo. Ajudei os meus colegas e os meus colegas ajudavam-me a mim. Funcionávamos como uma família (uma família meio estranha, algo disfuncional mas, ainda assim, uma família)e juntos vivemos coisas fantásticas. Rimos até ás lágrimas tantas vezes, chateá-mo-nos outras tantas e chorei no dia em que me despedi daquela(e)s irmã(o)s. Quando me despedi vim com a consciência de que tinha feito o meu melhor. Dei o melhor que sabia e podia da mesma forma que todas as outras pessoas também o fizeram (quero eu acreditar nisso porque há sempre uma ovelha ranhosa em todos os lados eheheh). Já passaram quase 4 anos desde a última vez que estive com esse grupo de pessoas e trago em mim uma enorme saudade. Uma saudade da vivência, das aventuras e desventuras, das pessoas que conheci e dos momentos vividos sempre com a ânsia de os guardar no tempo. E sempre pensei que tudo ficasse guardado no tempo e na memória a partir do momento em que tive de dizer adeus. E de tantas dúvidas que ás vezes me assolavam nos momentos de decisão ficou também a dúvida se o meu desempenho teria sido, na perspectiva dos meus colegas, bom. E hoje eu sei que sim, que fiz algo de bom nesse tempo. Porque passados 4 anos, alguém que eu não conheço, entra em contacto comigo e acho que a poderei ajudar a recuperar exactamente o mesmo projecto. Não serão as mesmas pessoas, não serão as mesmas experiências mas se já conseguimos uma vez... conseguiremos outra.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Não consigo conceber o facto de actualmente ainda existirem amores impossíveis.