segunda-feira, dezembro 06, 2010

Sabemos que fizemos algo de bom

e que o nosso esforço não foi em vão quando, passados vários anos, pessoas desconhecidas nos procuram e elogiam.
Durante algum tempo, aproximadamente dois anos vá, desempenhei um papel num grupo académico que muito prazer me deu. Dava-me um prazer enorme, realizava-me muito e, regra geral, tomava decisões ponderada e convictamente. Confesso que ás vezes me questionava se estava a desempenhar o meu papel da forma mais correcta. Queria fazer um bom trabalho, procurar o melhor caminho a seguir para aquele grupo. Ajudei os meus colegas e os meus colegas ajudavam-me a mim. Funcionávamos como uma família (uma família meio estranha, algo disfuncional mas, ainda assim, uma família)e juntos vivemos coisas fantásticas. Rimos até ás lágrimas tantas vezes, chateá-mo-nos outras tantas e chorei no dia em que me despedi daquela(e)s irmã(o)s. Quando me despedi vim com a consciência de que tinha feito o meu melhor. Dei o melhor que sabia e podia da mesma forma que todas as outras pessoas também o fizeram (quero eu acreditar nisso porque há sempre uma ovelha ranhosa em todos os lados eheheh). Já passaram quase 4 anos desde a última vez que estive com esse grupo de pessoas e trago em mim uma enorme saudade. Uma saudade da vivência, das aventuras e desventuras, das pessoas que conheci e dos momentos vividos sempre com a ânsia de os guardar no tempo. E sempre pensei que tudo ficasse guardado no tempo e na memória a partir do momento em que tive de dizer adeus. E de tantas dúvidas que ás vezes me assolavam nos momentos de decisão ficou também a dúvida se o meu desempenho teria sido, na perspectiva dos meus colegas, bom. E hoje eu sei que sim, que fiz algo de bom nesse tempo. Porque passados 4 anos, alguém que eu não conheço, entra em contacto comigo e acho que a poderei ajudar a recuperar exactamente o mesmo projecto. Não serão as mesmas pessoas, não serão as mesmas experiências mas se já conseguimos uma vez... conseguiremos outra.

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