sexta-feira, junho 04, 2010

Mais uma brilhante idéia.

Há coisas que de tão estapafúrdias não consigo entender.
Eu, como tantas outras pessoas, estudei afincadamente durante 12 anos para poder entrar na faculdade. Estudei para cumprir o ensino secundário e passar os exames nacionais com uma boa média, que me permitisse entrar no curso que queria. E, de repente, surgem as novas oportunidades onde basta uns 3 meses para ficar com equivalência ao ensino secundário. Ainda mal nos tínhamos apercebido dessa proliferação de novas oportunidades e zás.... aparecem as candidaturas +23. Uma maravilha para entrar no ensino superior.Não é preciso ter o ensino secundário nem fazer os exames nacionais. Para compôr o ramalhete, surge agora esta estapafúrida idéia. O objectivo é o quê mesmo? Combater o insucesso escolar? É que se um aluno não consegue atingir os objectivos propostos para completar o 8º ano, como é que vai atingir os de 10º ano queimando etapas? A mim cheira-me a esturro e a facilitismo.
Se estivermos a falar de pessoas mais velhas a quem a vida não permitiu que continuassem a estudar, concordo plenamente que possam frequentar as novas oportunidades e vejam reconhecidas as competências que adquiriram ao longo da vida. Mas se estamos a falar de jovens, para mim a conversa muda de figura. Têm mais é que estudar e esforçar-se para atingir os objectivos. Quando estava no 9º ano, tinha colegas de turma com uns bons pares de anos a mais e não foi por serem mais velhos não conseguiram concluir o ano lectivo. Já na faculdade tive colegas com idade para serem meus pais e que concorreram pela mesma via de candidatura que eu. Mais uma vez a idade não foi impedimento. Por estas (e outras) razões não concordo com a política de facilitismo que reina na educação actualmente. Premeia-se a preguiça e o desmazelo em detrimento do estudo e do esforço.
Ide estudar e fazer pela vida amiguinhos. Como se costuma dizer, o saber não ocupa lugar.

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