segunda-feira, fevereiro 08, 2010


Nunca fui daquele tipo de pessoas que fica bem com o mal dos outros. Não desejo mal a ninguém, não guardo rancor, nem desejos de vingança. Nunca fui do tipo de pessoa, capaz de passar horas e horas, a maquinar planos mirabolantes para ter as suas vingançazinhas pessoais. Até porque esse tipo de coisas leva a que nós gastemos tempo demais com pessoas que não merecem qualquer tipo de atenção da nossa parte. Acabamos por nos chatear e irritar connosco próprias, quebramos o nosso bom humor e isso não nos leva a lado nenhum.
Por outro lado, também nunca esqueço quem um dia me possa ter magoado.
Poderei até desculpar. Poderei até perdoar. Mas esquecer? Isso não. Nunca esquecerei.
Sofro por dentro. Deixo que as lágrimas brotem dentro de mim e queimem as escaras que mascaro perante tudo. Mas tudo não passa disso mesmo. Um sofrer calado, mascarado e interior. Assim, ninguém poderá ver as feridas dilacerantes que trago comigo.
Verão o brilho mortiço da máscara que envergo. Não fazem perguntas. Talvez não reparem no grito de ajuda que o meu olhar lança. Talvez reparem, não sei. Também, não sei se quero que ouçam esse pedido de ajuda.
Ou sou muito burra ou há algo dentro de mim que me cega completamente e me faz gostar-te. Seja o que fôr, o tempo clarificará. [é um cliché e tenho sérias dúvidas da sua eficácia, mas o tempo ajudará. (Ou não.)]
Se eu podia não sentir nada? Podia. Mas sinto.

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