quarta-feira, março 03, 2010

"Posso até perdoar mas nunca esqueço as facas espetadas nas costas."
Alberto João Jardim
Não podia concordar mais com o "tio" Alberto João. Por norma gosto de ver/ouvir/ler as suas entrevistas por ser uma pessoa directa, sem papas na língua que diz o que pensa doa a quem doer (e pronto, o desplante com que é capaz de julgar que podia salvar o país mas não mexe um dedo porque se diverte com este (des)governo).
Mas gostei da lição de bom gosto que deu em alguns pontos da entrevista com Judite de Sousa.
Com as devidas distâncias, senti-me um pouco uma Alberto João. Tal como ele, consigo perdoar pela minha formação e educação. Mas também não esqueço facas espetadas nas costas ou em qualquer outro lado do corpo. Porque as feridas saram mas ficam lá as cicatrizes e essas só nós sabemos o que representam e a dor que lhes esteve inerente.
Mas, cicatrizes de vida são sinónimos de lições aprendidas. Raramente são lições que queremos ter, ou pelo menos são conhecimentos que dispensamos adquirir de forma que nos magoem. Mas ainda assim, serão sempre parte da nossa vida, parte do nosso crescimento.
Pela minha parte, posso dizer que mal a facada sare, serei de novo uma daquelas mulheres que quando olharem para mim vão pensar "Caraças, ela chegou!".
Afinal de contas sempre fui um mulher resolvida e de bem com a vida. Aprendi a dar a volta e a olhar de cima quem não merece que se olhe de frente. E esse Eu, vive cá dentro. Está só à espera de melhores dias.
Como disse á S., a vida corre bem é a grandes c@bras .
Mas para grandes c@bras, grandes talhos!!

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